O desejo de viver num mundo mais lúdico e, muitas vezes, resgatar a “criança interior” pode se manifestar em diversas maneiras. Recentemente, a onda de miniaturas tem atravessado este universo nostálgico, despertando debates mais profundos sobre infantilização adulta e excesso de descarte.
O Mini Verse, por exemplo, é uma linha de brinquedos colecionáveis que conquistou os adultos e se tornou um fenômeno global nas redes sociais por misturar miniaturas hiper-realistas com DIY, ASMR e culinária em mini escala. Na moda, a reprodução de versões mini de bolsas como a Le City da Balenciaga podem revelar, além de uma tendência estética, o desejo de deixar para trás todas as responsabilidades, já que nas mini it-bags não cabe nem um smartphone.
As miniaturas também acarretaram em um consumo desenfreado e insustentável de produtos de beleza. Marcas de luxo encontraram nas pequenas embalagens uma maneira de atrair mais consumidores, uma vez que os preços dos produtos tornam-se mais atrativos.