A exploração de maxivolumes vem ganhando força e tem se espalhando simultaneamente em diferentes vertentes de expressão visual. Formas infladas, monumentais e hipersaturadas podem, emocionalmente, tanto acolher quanto proteger — gestos que ressoam com ansiedades contemporâneas. Esteticamente, os volumes exagerados se conectam tanto a narrativas futuristas quanto à influência crescente da estética gerada por inteligência artificial.
Na moda, silhuetas exageradas transformam o corpo em escultura viva, como no desfile de alta costura do estilista Rahul Mishra. Na arquitetura, volumes disformes e interseções improváveis assumem um caráter espetacular, como no novo museu Guggenheim, em Abu Dabi, assinado pelo ousado Frank Gehry.
Tais imagens hipergráficas da arquitetura contemporânea assemelham-se muito às produzidas por IA, dificultando nossa percepção a olho nu entre o real e o artificial. O resultado é uma estética híbrida, que dissolve fronteiras entre o físico e o virtual. Por exemplo, o que você diria sobre o editorial de moda de Anuro Anuro?