Além de destino-desejo, a Ásia impacta grande parte das escolhas de consumo. Estima-se que, até 2030, o continente será responsável por mais da metade do consumo da classe média global (Julius Bär, 2022) e seu mercado de luxo alcançará US$ 173,05 bilhões até 2029 (Mordor Intelligence, 2024).
Concomitante a isso, o ciclo das tendências retoma o minimalismo dos anos 1990 (por sua vez, inspirado pelos anos 1970). Rei Kawabuko, uma das primeiras estilistas a colocar o Japão na PFW, segue relevante com sua marca Comme des Garçons, que abre este ano a primeira loja no Brasil. Alexander Wang é um dos nomes da nova geração reconhecidos por mesclar suas heranças culturais taiwanesas e americanas.
Cabelos e maquiagens inspiradas na cultura oriental dominam editoriais, passarelas e o entretenimento. Lady Gaga foi uma das celebridades que aderiram ao Hime Cut — corte de cabelo geométrico com diferentes comprimentos — vistos na série épica Shogun, maior vencedora do Globo de Ouro de 2025. O interesse pela Ásia também contribuiu para a evolução da gastronomia no Brasil — mais aberta aos sabores e rituais orientais, baseados na filosofia omotenashi, que preza pelo tempo, cortesia e respeito.
