Mais do que uma estética visual “adocicada”, o candycore pode ser interpretado como um reflexo do zeitgeist de fuga da realidade. Este universo de cores açucaradas, brilhos e texturas macias e arredondadas estimula uma experiência visual lúdica e sensorial.
Com muito apelo emocional, a estética candycore é também associada ao prazer fácil e imediato, uma crítica sutil à lógica do consumo rápido e ao vício em dopamina provocado pela cultura digital. E as marcas, claro, aproveitam o movimento, como na comunicação do perfume Chance, da Chanel.
Na beleza, campanhas extrapolam efeitos hipersensoriais para promover produtos de cabelo, skincare e maquiagem, como faz a Gisou, marca holandesa-iraniana da influenciadora Negin Mirsalehi. O candycore vai no caminho oposto da sobriedade, uma realidade paralela que celebra o artificial, o plástico e o sintético, e abrange também universos como artes visuais, design e arquitetura.