Figuras mitológicas funcionam como arquétipos universais e, por isso, sobrevivem ao tempo e às gerações. A heroína, a deusa-mãe, o monstro, o oráculo etc., ajudam a explicar conflitos, criar narrativas de poder e beleza, representar medos, desejos e traços identitários, entre outras questões intrínsecas ao comportamento humano.
Criativos afro-diaspóricos, indígenas ou latino-americanos reinterpretam suas próprias mitologias para reivindicar narrativa, memória e pertencimento. Fotógrafos como os irmãos cubano-americanos, Erick e Elliot Jimenez fazem retratos surrealistas cujo ponto de partida são as tradições religiosas afro-cubanas.
Moda, fotografia, artes plásticas, entre outros segmentos culturais, apropriam-se destes arquétipos porque condensam mensagens e significados de forma rápida, visual e emocionalmente potente, como o trabalho da estilista Helô Rocha, cuja produção e veia de criação exploram temas ligados ao misticismo, natureza e outros universos simbólicos.