Na última semana de alta costura em Paris, a estilista holandesa Iris Van Herpen surpreendeu os espectadores ao apresentar um vestido cultivado por mais de 125 milhões de algas bioluminescentes, que emitem luz em resposta a toques e movimentos. Seu trabalho é um exemplo do Biodesign: uma abordagem criativa que integra design e tecnologia para criar produtos, materiais ou sistemas em colaboração com organismos vivos como fungos, algas e bactérias.
O biodesign emerge como uma resposta inovadora, ética e sensorial às crises ambientais e à exaustão dos modelos industriais tradicionais com intuito de transformar o modo como produzimos e nos relacionamos com o meio ambiente. A designer Alice Potts é um nome que já trabalha e produz com organismos vivos. Dentre seus materiais mais icônicos, está o cristal desenvolvido a partir do suor humano, aplicado em joias, acessórios e roupas.
O micélio é um dos materiais mais usados para quem estuda o biodesign na indústria têxtil. Por ser leve, resistente, isolante e biodegradável, já existem desde tênis esportivos até experimentos de construção para criar estruturas tridimensionais fortes e flexíveis.