A maternidade está em ressignificação. O crescimento da parcela de mulheres com mais autonomia financeira e com mais poder de decisão em cargos empresariais têm impulsionado a liberdade de expressar, com mais honestidade, as dores e delícias que envolvem gestar e cuidar. O ideal romantizado da mãe perfeita é desconstruído para dar espaço a narrativas reais, que acolhem as complexidades da experiência materna.
Antes sinônimo de renúncia, a maternidade convive com o desejo de autonomia, carreira, prazer e individualidade. O livro Eye Mama: Poetic Truths of Home and Motherhood (Olhos de Mãe: Verdades poéticas sobre casa e maternidade) ilustra diversas perspectivas sobre o assunto, enquanto Alina Gross reinterpreta o quadro A Origem do Mundo, de Gustave Coubert, para a campanha de perfumes Herectic.
Ryan McGinley explora em seus trabalhos temas que permeiam juventude, liberdade e a relação entre corpo humano e ambiente, mostrando a parentalidade através de diferentes dinâmicas de afeto. As regras absolutas em torno do cuidado maternal perdem força diante da diversidade de vivências e da valorização da escuta, ampliando assim as possibilidades de cuidado, tornando-o mais leve, inclusivo e compartilhado.